Água e sabão ajudam a proteger seu jardim dos tatuzinhos
19 de maio de 2014 – Atualizado em 19/05/2014 – 12:00am
O tatu-bola-da-caatinga, uma espécie típica do Nordeste do país que corre risco de extinção, ganhou fama mundial ao ganhar um representante famoso – o Fuleco, mascote oficial da Copa do Mundo no Brasil. Mas nem todos os bichos que se enrolam como uma bola são tão simpáticos assim. Há um outro animal que tem essa capacidade e pode causar um belo estrago nas plantas da casa. É o Armadillidium vulgare, espécie de crustáceo terrestre popularmente conhecida como tatuzinho de jardim.
Este pequeno animal se alimenta principalmente de folhas em decomposição, mas também pode comer folhas recém-caídas ou ainda na planta, o que faz dele uma ameaça para hortas e jardins, explica a especialista em crustáceos Paula Beatriz de Araújo, professora do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). “Se você estiver cultivando uma pequena horta ou se existir uma grande quantidade destes tatuzinhos, eles podem prejudicar os vegetais. Ainda não tivemos problemas em grandes escala disso no Brasil, mas outros países como a Argentina, por exemplo, já tiveram grandes plantações afetadas”, afirma Paula.
Ainda de acordo com a especialista, estes pequenos crustáceos costumam aparecer em lugares com muita umidade e ao abrigo da luz do sol. “Seus espaços preferidos são debaixo de pedras, troncos ou de vasos de plantas. Além disso, eles costumam surgir em grupo. Assim, se você encontrar um deles, é bem provável que existam outros deles nas proximidades”, diz.
Para Paula, a melhor maneira de se livrar dos tatuzinhos é realizando a catação manual, pois eles não representam qualquer perigo para o homem. Porém, ela alerta que é preciso pegar todos os animais, inclusive os filhotes, que têm aspecto semelhante, mas coloração branca.
“Uma alternativa, que nós usamos para pesquisa mas também pode ser adaptada, é enterrar no jardim copos plásticos de tamanho médio e enchê-los com água e detergente. Os tatuzinhos que caírem ali vão ficar presos, e depois é só ir de tempos e tempos recolhê-los”, afirma a pesquisadora.
Fonte Terra