2º Dia de Conscientização da Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens
29 de setembro de 2014 – Atualizado em 29/09/2014 – 12:00am
Conselho de Veterinária promove mobilização contra o tráfico de animais selvagens
O tráfico de animais selvagens está esvaziando nossas florestas e é um crime que traz sérios prejuízos para a biodiversidade, reduz as populações de diversas espécies e leva ao desequilíbrio ambiental. Esse é o alerta que os Conselhos Federal (CFMV) e Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) vêm fazendo para a sociedade brasileira desde que lançaram, no ano passado, a Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens.
Este mês de setembro é dedicado a mais uma etapa da campanha, com o Segundo Dia de Conscientização, organizado em 10 estados brasileiros. O objetivo principal é conscientizar e engajar a sociedade como aliada no combate ao tráfico de animais. Isso, porque a participação da população para impedir o avanço desse crime é de extrema importância, não apenas por ser um agente fiscalizador, mas também potencial consumidor.
No próximo domingo (28/9), o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL) será um dos sete Regionais a organizar eventos em seus estados nessa data para reforçar esse alerta. A ação acontece das 8h às 12h, com uma mobilização no espaço de lazer da Ponta Verde (área fechada), na orla marítima, com a participação de Médicos Veterinários, Zootecnistas e acadêmicos das duas áreas.
No local, além da distribuição do material informativo da campanha – que inclui uma cartilha com abordagem lúdica, direcionada às crianças – os profissionais pretendem alertar as pessoas sobre os riscos inerentes à criação ilegal ou à manutenção ilegal de animais selvagens em ambientes domésticos. Eles também estarão à disposição para falar das principais espécies traficadas e em que situações um animal selvagem pode ser domesticado.
Sobre o Tráfico – Os dados são alarmantes: 38 milhões de animais são retirados da natureza todos os anos e 90% deles morrem antes mesmo de chegarem ao seu destino final, devido às formas precárias de captura, ao estresse a que são submetidos e às más condições de alimentação e transporte. Além de reduzir e eliminar a quantidade de espécies da nossa fauna, o tráfico compromete o equilíbrio do ecossistema e causa sofrimento para os animais. Outra preocupação é com a saúde do homem, já que 70% das doenças que acometem os seres humanos são de origem animal e o contato com os bichos pode ser contagioso.
Segundo estudos da Renctas – Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens, organização não governamental e parceira do evento – as maiores vítimas do tráfico são as aves, representando 82% do total. Em Alagoas, destacam-se entre as maiores vítimas do tráfico aves silvestres como o canário-da-terra (Sicalis flaveola), o papa-capim (Sporophila angolensis) e o Galo-de-campina (Paroaria dominicana), mas todas as aves de canto sofrem essa pressão (Caboclinho, Patativa, Extravagante, Sabiás, Sanhaçus e Sebites).
Assessoria de Comunicação CRMV/AL