Cinomose Canina: uma preocupação constante
10 de maio de 2018 – Atualizado em 10/05/2018 – 12:00am
Primeiramente é importante saber que: A Cinomose não é uma Zoonose, ou seja, não é transmitida do animal para o homem. É uma doença altamente contagiosa, acomete cães jovens ou não vacinados, entre outros carnívoros. Apresenta distribuição mundial, não havendo predisposição à raça ou sexo.
O vírus é relativamente lábil, requerendo a transmissão pelo contato direto ou por meio de aerossóis. Em populações urbanas de cães, o vírus é mantido pela infecção em animais susceptíveis, disseminando-se de forma rápida entre cães com três a seis meses, idade em que a imunidade materna declina. Santos (2006) afirma ainda que cães com até dois anos de idade podem ser infectados pela doença, em função de uma vacinação incorreta ou insuficiente. Todavia, independentemente da idade, cães não vacinados são susceptíveis, podendo ocorrer surtos significativos da doença.
O agente causador da cinomose é o Morbillivirus, pertencente à família Paramyxoviridae, que pode ser destruído pelo calor e pelo uso de desinfetantes.
Os primeiros relatos de transmissão desta enfermidade foram descritos na Europa em meados do século XIX. No século XX a doença foi considerada fatal em cães de todo o mundo, sendo necessário a criação das primeiras vacinas.
A transmissão ocorre através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados ou pelas vias aéreas quando respiram o ar já contaminado. Alguns animais doentes podem não apresentar sintomas, mas disseminam o vírus para outros animais ao seu redor através de secreções oculares, nasaisorais ou pelas fezes. É importante saber que a principal fonte de transmissão do vírus é através de espirros, pois quando o animal espirra, elimina gotículas de água pelo nariz, gotículas que por sua vez estão contaminadas.
Os sintomas mais comuns em cães com a Cinomose são caracterizados por: Secreções nasais, secreções oculares, diarreia, vômitos, perda de apetite, erupções e pústulas podem estar presentes no abdome, hiperceratose do nariz e dos coxins digitais. Os sinais neurológicos comuns incluem paresia, mioclonia e convulsões epileptiformes.
A prevenção se dá através da vacinação nos primeiros meses de vida, precisamente nos 45 dias, repetindo-se a segunda dose entre 21 a 30 dias depois e a terceira dose assim respectivamente, reforçando-se a importância de se vacinar anualmente.
É de suma importância deixar claro que os tutores jamais mediquem os animais sob sua responsabilidade sem que tenha sido submetido à avaliação de um Médico Veterinário.
* Dr. Paulo Fernando Wianês Fonseca Duarte
Médico Veterinário – CRMV 01120-AL
Fiscal de Vigilância Sanitária – SMS Cacimbinhas/AL
Presidente da Comissão Regional de Saúde Pública Veterinária
* Dr. Andreey Teles
Médico Veterinário – CRMV 00645-AL
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU – João Pessoa – PB