Pesquisa do Reino Unido mostra que vários alimentos para pets contêm ingredientes não informados no rótulo
9 de abril de 2015 – Atualizado em 09/04/2015 – 12:00am
Um novo estudo britânico mostrou que alimentos para cães e gatos contêm ingredientes que não estão informadas no rótulo. Publicado no jornal Acta Veterinaria Scandinavica, o estudo avaliou os ingredientes de 17 alimentos líderes de mercado para cães e gatos no Reino Unido e descobriu que 14 deles continham ingredientes oriundos de aves, bovinos ou suínos sem que isso estivesse informado no rótulo. De fato, muitos dos alimentos para animais de estimação continham mais proteína animal não explicitamente rotulada do que seus rótulos informavam.
Dos sete produtos rotulados com a informação “com carne bovina”, somente dois tinham mais ingredientes bovinos do que de suínos ou de frangos. Todos os sete tinham um teor de carne bovina de 14 a 56%. Quando se avaliou seis produtos rotulados como tendo “frango” ou “com frango”, seu teor total ia de 1% a 100%, enquanto dois continham mais carne bovina do que de frango.
A adição dessas proteínas animais nos alimentos para animais de estimação sem rotulá-los está dentro das regulamentações do Reino Unido, disseram os pesquisadores, mas as descobertas podem ser aplicadas aos Estados Unidos, à medida que os alimentos testados eram de marcas internacionais.
A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos parece ter um padrão similar, à medida que não requer aprovação para a pré-comercialização de alimentos para pets contendo carnes vermelhas, aves ou grãos – pois esses ingredientes são considerados seguros. De forma geral, os alimentos para animais de estimação devem ser “seguros para consumo, produzidos sob condições sanitárias estritas, sem conter substâncias prejudiciais, e serem rotulados de forma confiável”.
“O cliente pode não ser capaz de fazer prontamente uma escolha sobre o alimento para seu animal de estimação devido às informações incompletas sobre os ingredientes (permitida pela legislação), e além disso, pode haver complicações devido às alergias aos alimentos, situações em que cães e gatos podem ter reações adversas a certas proteínas animais não declaradas no produto”, disse o professor de medicina molecular veterinária da Universidade de Nottingham, Kin-Chow Chang. Embora qualquer cão possa desenvolver alergias, elas tendem a ser prevalentes em terriers, setters, retrievers e raças com o focinho curto, como bulldogs.
A reportagem é do http://www.medicaldaily.com, traduzida e adaptada pela Equipe Nossa Matilha.